desde 0 final de 2007 que vivo a aprendizagem de que só o presente existe... e continua, e parece sempre que quando uma lição foi assimilada e a poeira começa a assentar, levanta-se nova ventania e mais uma aventura de desmascarar conceitos e ideias aprendidas e pilares pelos quais me definia caem como poeira e me deixam com a sensação de me estar a afogar de cansaço e sem saber nadar.
perguntar : quem sou eu? o que é que eu quero? qual é o propósito da minha vida? e no tempo em que aguardas pela compreensão das respostas a estas perguntas ( sim! há respostas!)a vida acontece em trambolhões! olho com fé para o universo e digo sim, eu quero saber as respostas a estas perguntas . e entra em marcha uma sucessão de acontecimentos que me vão levar a despir-me de tudo o que possa estar entre mim e as respostas que procuro, todas a lições e enfrentamentos, demónios e medos se exponeciam e começo por aumentar a consciencia do que não sou! por oposição.
primeiro deparo-me com tudo o que não sou, não quero . não acredito, todas as formas de pensamento que forjaram a minha realidade manifestada. o que penso não tem mais poder do aquilo que sinto mas pensar a vida levou-me a não saber o que sinto. sem sentir a criação é uma maravilha intelectual que por estar afastada do funcionamento da natureza não tem a possibilidade de crescer e multiplicar. na natureza tudo o que cai na terra é para crescer, aumentar, destruir e refazer num circulo interminável, infinito.
se vemos a vida como algo finito e se acreditamos que as coisas podem acabar, estamos a viver num principio contrário á natureza e portanto sem qualquer possibilidade de continuidade! a vontade de chegar , ter e fazer esgota-se a si própria ,violentamente ás vezes! o tempo de fazer em vez de Ser acaba-se mesmo! não é natural , é finito e Ser é infinito.
percebo que os pilares onde me apoiava para viver são destrutiveis! então onde estão aqueles valores que podem refazer-me?tudo o que me definia não È!!! tudo á minha volta perde sentido porque começa a desligar-se no meu interior, não há uma razão interna para o que observo no exterior !! e se por dentro não sou nada disto como é que isto está aqui na minha vida?? começo aqui a imaginar que se iniciou o preocesso de enlouquecer até ser internado numa instituição para pessoas que não tem forma de funcionar numa sociedade organizada nos formatos em que a nossa está.
fim da parte I
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